segunda-feira, 23 de abril de 2012

10º Gouveia Art Rock


Os holandeses Focus, grupo histórico do rock progressivo que já vem do início dos anos 70, encerram, a 29 de Abril, os três dias de concertos da décima edição do Gouveia Art Rock (GAR), no Teatro-Cine de Gouveia.

O grupo, que atua domingo (dia 29) à noite, mantém dois membros da formação original, o teclista, vocalista e flautista Thijs van Leer e o baterista Pierre van der Linden, tendo ainda Bobby Jacobs no baixo e Menno Gootjes na guitarra.

Luís Loureiro, da organização do festival, referiu que o programa do festival prevê dez concertos, dois no dia de abertura, quatro no sábado e outros tantos no domingo, “com um programa que reafirma o carácter eclético e vanguardista do Gouveia Art Rock.

O festival inicia-se na noite de 27, sexta-feira, com um concerto duplo com os franceses Lazuli a abrir e os britânicos Curved Air como cabeças-de-cartaz.

No dia seguinte, sábado, cabe aos portugueses A Presença das Formigas o concerto de abertura, às 15H00.

Luís Loureiro sublinha que o regresso de bandas portuguesas ao festival representa “a recuperação de uma faceta importante do festival, de manter um desafio permanente à criatividade dos músicos em Portugal”, acrescentou aquele responsável.

Seguem-se os italianos Calomito e os suecos Anglagaard a fechar a tarde de concertos, enquanto a noite é totalmente dedicada aos belgas Univers Zéro, fundados em 1974, considerados como um dos expoentes do chamado rock de câmara e do movimento “zeuhl”, criado pelos franceses Magma.

No domingo haverá três concertos à tarde, a partir das 15:00, com os franceses Shylock a abrir, após o que se apresenta o italiano Patrizio Fariselli, ligado ao grupo Area, considerado pela crítica como responsável por algumas das mais brilhantes páginas do rock progressivo italiano, cabendo o último concerto da tarde aos britânicos Strawbs, outro grupo de topo dos anos 70.

“Tudo está a ser planeado para que, no domingo, o último concerto esteja terminado pelas 22:00 ou 23:00, de forma a que os espectadores nacionais de fora de Gouveia tenham tempo para regressar a suas casas. Quanto aos estrangeiros, queremos é que eles fiquem quanto mais tempo na região, melhor. E a verdade é que muitos reservam uma semana de férias para virem ao festival”, disse aquele responsável.

É a segunda vez que o festival tem um formato de três dias, o que já aconteceu em 2009, para aproveitar o fim-de-semana alargado.

“Apesar de todos os constrangimentos financeiros que o país vive, a Câmara de Gouveia decidiu assinalar a décima edição com três dias de concertos, tendo todos já asseguradas lotações cheias, estando alguns, nomeadamente o dos Focus, esgotados”, acrescentou Luís Loureiro.

Mesmo assim, aquele responsável garantiu que o Gouveia Art Rock (GAR) é “um festival de baixo custo”, uma vez que a sua direção artística é absolutamente gratuita e toda a logística é garantida pela equipa da empresa municipal “DLCG – Desporto, Lazer e Cultura de Gouveia”.

“O GAR é já um dos eventos ‘de nicho’ mais internacionais do calendário cultural português e o facto de um terço do seu público vir do estrangeiro, nomeadamente muitos espanhóis, e gente de toda a Europa e até americanos, canadianos ou japoneses, o que contribui para criar em Gouveia um ambiente muito especial”, disse Luís Loureiro.

Nos anteriores nove anos passaram por Gouveia nomes de referência do rock progressivo mundial como Van der Graaf Generator, Steve Hackett, Robert Fripp, Peter Hammill, Three Friends (Gentle Giant), Univers Zéro, Magma, Premiata Forneria Marconi, Amon Düul, Isildurs Bane e Present, entre outros.

Neste festival foram ainda revelados pouco conhecidos e hoje já consagrados como os japoneses Koenji Hyakkei, os KBB, o California Guitar Trio, Mörglbl ou Electric Astúrias.
(fonte: http://www.asbeiras.pt/)

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