segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Centro de Arte Moderna da Gulbenkian - Ano do Brasil em Portugal


Brasil em destaque no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian
O Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai apresentar, em 2012, exposições de Rosângela Rennó e Beatriz Milhazes, duas artistas da mesma geração com linguagens distintas.

De acordo com a directora do CAM, Isabel Carlos, com estas exposições, a entidade associa-se às celebrações do Ano do Brasil em Portugal.

A exposição "Frutos estranhos" - de 17 de Fevereiro a 06 de Maio - é a primeira ontológica de Rosângela Rennó, cobrindo vinte anos de trabalho desta artista brasileira, com fotografia, vídeo e instalação.

A exposição de pintura e colagem "Quatro Estações", de Beatriz Milhazes, é uma obra "site-specific", descrita como "uma explosão de cor", realizada propositadamente para a nave do CAM, e que abre ao público na mesma data, mantendo-se até 13 de Maio.

Rosângela Rennó "mostra um lado mais escuro da arte brasileira, porque é o resultado de uma reflexão sobre os temas do colonialismo e do racismo" naquele país, indicou Isabel Carlos.

Além destas duas artistas, a temporada irá focar-se em grandes nomes da arte do século XX, e dará ainda a oportunidade a curadores portugueses de montarem as suas exposições através do CAM.

De 18 de Maio a 01 de Julho, o CAM irá apresentar uma exposição inédita em Portugal dedicada ao norte-americano Josef Albers (1888-1976), com pintura sobre papel.

De acordo com Isabel Carlos, esta exposição, com curadoria de Hweinz Liesbrock, já apresentada em França, foi considerada uma das melhores do ano pela revista "Beaux Arts".

Paralelamente, com curadoria de Ana Vasconcelos, será apresentada uma exposição intitulada "Roubar com os olhos" com um conjunto de obras do acervo do CAM que ficará em diálogo com a mostra sobre Josef Albers.

Outro dos destaques da programação do CAM para este ano é a exposição de Gerard Byrne, "Imagens ou Sombras" - de 21 de Setembro de 2012 até 06 de Janeiro de 2013 - com as obras mais significativas deste artista irlandês em filmes e fotografias.

O trabalho de Gerard Byrne tem vindo a adquirir relevo no circuito internacional da arte contemporânea através dos filmes e das fotografias em torno das ideias de representação e tempo, da imagem do actor, da literatura e da história.
As obras deste artista exploram as fronteiras entre performance, televisão, teatro e cinema.


Na mesma data, o CAM irá inaugurar a primeira mostra ontológica de Carlos Nogueira, um artista activo desde o início de 1970. Esta exposição apresentará uma visão abrangente da sua obra, com peças poucas vezes expostas ou, em vários casos, inéditas, em desenho, performance, escultura e escrita.

Haverá ainda uma exposição intitulada "Pequeno-almoço sobre cartolina" - entre 18 de Maio e 02 de Setembro - a primeira póstuma de Jorge Varanda (1953-2008) com pintura, vídeo e pranchas narrativas.

Também foi incluída na programação uma exposição - de 13 de Julho a 21 de Outubro - centrada em Alberto de Lacerda (1928-2007) com vários núcleos do seu espólio para mostrar esta personalidade que manteve várias relações literárias e artísticas no trabalho como poeta e professor.

Até 20 de Janeiro, o CAM está a exibir um ciclo de filmes experimentais que exploram em particular a relação com o tempo, intitulado "Task Performance", criados por Robert Morris, Dennis Oppenheim e Roman Signer. (fonte: http://www.hardmusica.pt)

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