sábado, 28 de janeiro de 2012
Cultura Notícias: Ana Moura em Israel
A fadista Ana Moura recusou cancelar o concerto agendado para 27 de janeiro na Ópera de Israel. O apelo fora-lhe dirigido por ativistas pró-palestinianos que pedem a artistas, músicos, escritores e académicos o isolamento de Israel devido ao que consideram ser a sua política de “apartheid” contra a Palestina. A resposta de Ana Moura às organizações de Direitos Humanos foi negativa – esta sexta estará em Tel Aviv, com um concerto de casa cheia. O manager da artista defende que “não é boicotando um povo que se resolve problemas criados por governos”.
É comum dizer que com a idade vem a responsabilidade. O mesmo se passa com os artistas, escritores, o mundo da arte em geral, quando se atinge a notoriedade. Ana Moura é portuguesa e é fadista, mas Prince e Rolling Stones apadrinharam-na, viajaram para tocar com ela, receberam-na em público, pelo que Ana Moura deixou de ser uma fadista qualquer.
Agora, como sucedera já com outros notáveis – Roger Waters, Gil Scot-Heron, Elvis Costello, The Pixies, Ken Loach, Suzanne Vega, Elton John, Jeff Beck, Madonna – os ativistas (em particular os mebros do Comité de Solidariedade para com a Palestina) deixaram-lhe um desafio: que não toque em Telavive, onde tem amanhã agendado um concerto, e se junte ao Movimento Internacional de Boicote Contra a Política Israelita de Ocupação e Apartheid.
A fadista portuguesa atingiu, portanto, uma notoriedade que lhe confere outro grau de responsabilidade.
De acordo com Raymond Deane, responsável do IPSC (braço irlandês do Comité de Solidariedade para com a Palestina), fortes manifestações esperavam Ana Moura aquando dos espetáculos da fadista quer no National Concert Hall de Dublin, na Irlanda, quer dias depois em Glasgow, na Escócia.
“Não cante em Israel – apoie o apelo palestiniano ao boicote, desinvestimento e sanções contra Israel” terá sido o pedido deixado a Ana Moura, refere o “AIC – Alternative News”, jornal eletrónico de um grupo israelo-palestiniano que acompanha o conflito do Médio Oriente.
Vasco Sacramento rejeita a ideia de um apelo vivo contra a ida a Telavive, garantindo que esta é uma informação falsa. O empresário explica – depois de nos remeter para um vídeo postado pelos ativistas no Youtube - que na noite de 19 de janeiro, em Dublin, havia apenas “sete ou oito pessoas do grupo ativista a distribuir panfletos à entrada da sala”.
“Não houve manifestação do público” durante o concerto, assegurou este responsável da equipa de Ana Moura.
(fonte: http://tv2.rtp.pt)
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