sábado, 28 de janeiro de 2012

Cinema português: Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand



Dois filmes portugueses competem no festival de curtas de Clermont-Ferrand

Dois filmes portugueses integram a competição do Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, que começa na sexta-feira, em França, e é considerado o mais importante na área do filme curto. Para a competição internacional foram seleccionados o documentário “Água Fria”, de Pedro Neves, e a animação “Fado do Homem Crescido”, de Pedro Brito.

“Água Fria” é um documentário de 13 minutos rodado em São Bartolomeu do Mar, em Esposende. A obra pretende ser "uma reflexão sobre nós próprios, portugueses, no mundo de hoje", afirmou o autor, Pedro Neves, que assina também a montagem. O filme produzido pela Red Desert já tinha sido seleccionado no ano passado para o festival Doclisboa. "Água Fria" vai competir ainda no Festival de Cine de Guadalajara, no México, adianta a produtora num comunicado.

http://vimeo.com/26590329 (Trailer “Água Fria”)

Já “Fado do Homem Crescido”, de Pedro Brito, é uma ficção em animação com cerca de sete minutos, produzida pela Animanostra a partir de um argumento de João Paulo Cotrim, com música de João Lucas e narração do músico António Zambujo.



Portugal teve 112 filmes inscritos
De Portugal foram inscritos 112 filmes para a competição internacional do festival, tendo sido seleccionadas aquelas duas produções. O festival decorrerá até 4 de Fevereiro naquela localidade francesa e incluirá, à margem, um mercado de compra e venda de direitos de curtas-metragens no qual estará presente a Agência da Curta-Metragem, de Vila do Conde.

Os festivais de cinema são “um excelente mercado” para a comercialização de filmes portugueses para todo o mundo, disse esta quinta-feira à agência Lusa Nuno Rodrigues, um dos directores da Agência da Curta-Metragem. Em termos de audiência e de presença profissional é mesmo tido como o segundo festival de cinema em França, depois de Cannes.

Nuno Rodrigues explicou que, pela décima vez consecutiva, a agência vai estar presente neste evento com um "stand", sendo que há “muitos direitos de filmes que ali são comercializados, por exemplo, para televisões de outros países, começando um percurso importante a nível internacional”.

A estrutura portuguesa deverá ainda integrar a futura Rede Europeia de Distribuidores de Curta-Metragem e Video Art que será apresentada em Clermont-Ferrand com vista à distribuição de curtas-metragens.

Apesar de o formato “não estar associado à passadeira vermelha”, Nuno Rodrigues defendeu que a curta-metragem conseguiu “valorizar-se e já é vista como um tipo de cinema único, com uma identidade muito particular e com uma grande força de sobrevivência”.

A prová-lo está o facto de, nos últimos anos, a ‘curta’ ter conseguido “ganhar terreno”, conquistando “muitos prémios em festivais de todo o mundo”, em áreas como o documentário, a animação e a ficção.

Nuno Rodrigues realçou ainda que o mercado da curta-metragem de Clermont-Ferrand é “um espaço privilegiado para o desenvolvimento de qualquer estratégia de promoção e divulgação da cinematografia nacional”, o que se deve, sobretudo, “à mediatização do evento e ao variado leque de profissionais” que, todos os anos, marcam presença. (fonte: http://p3.publico.pt)

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