sexta-feira, 1 de junho de 2012

Festivais Gil Vicente comemoram 25 anos com cinco estreias absolutas



Os Festivais Gil Vicente comemoram 25 anos de actividade e são hoje considerados como um dos mais importantes e antigos festivais de teatro do país.

Na edição de 2012, os Festivais Gil Vicente decorrem de 06 a 16 de Junho e acolhem cinco estreias absolutas.

O Festival começará a 06 de Junho com a estreia absoluta d’ “As Barcas”, a mais recente criação de João Garcia Miguel.

João Garcia Miguel volta ao tema das viagens indo buscar a inspiração aos textos das várias barcas de Gil Vicente.

Pelo mundo medieval, vai às fontes do teatro europeu e português, passeando pelo trabalho que têm vindo a desenvolver sobre textos e universos clássicos.
No dia 07 de Junho será a vez do Visões Úteis apresentar a sua 41ª criação nos Festivais Gil Vicente. 

“Nióbio” retrata a geração de uma nova nação. Numa espécie de enclave territorial, misto de destroço urbano e barca voadora encalhada, um estranho grupo de personagens decide separar-se do seu país natal e proclamar a independência de um novo Estado. Só que repetem os erros do passado e a jovem nação tem dificuldades em se afirmar.
A peça será apresentada novamente a 08 de Junho.

Pelas 10:00 do dia 09 de Junho tem início uma maratona de recitativo do épico poema português “Os Lusíadas”, em estreia absoluta na cidade de Guimarães.

A participação activa da população permitirá criar uma performance única que começa no dia 09 e termina a 10 de Junho, data em que se assinalam 440 anos da edição d’ “Os Lusíadas”.

Como nas grandes obras de música, tudo se encontra contido nesta obra, sub-repticiamente insinuado nos ritmos, nos jogos de palavras, nos fôlegos de pensamento, no humor, no contraste dos andamentos.
Neste espectáculo, esta grande estória com História, vai ser contada através de episódios e factos referidos numa viagem profundamente autobiográfica.
(nota da org.)

A segunda semana dos Festivais Gil Vicente começa a 13 de Junho com “Joane”, o novo espectáculo da companhia galega Voadora que estreia também no âmbito do Festival.
Tomando como ponto de partida a figura de Joane, o Parvo do “Auto da Barca do Inferno”, este projecto foi idealizado em várias fases e envolveu a colaboração de mais de 50 actores que investigaram profundamente sobre a idiotice.

O resultado é uma partitura cénica repleta de poesia, ironia, nonsense, beleza, dança, monstros e música pop. 

A frescura de Gil Vicente numa versão mais rebuscada e actual.
A 14 de Junho, a companhia Cão Solteiro & André e. Teodósio apresentam o segundo momento do projecto “Top Models”, uma reflexão sobre a forma como alguns nomes como Antígona, António e Cleópatra, Platonov, Hedda Gabler, Gianni Schicchi, entre outros, marcaram a História e habitam na nossa cabeça mesmo sem os termos alguma vez conhecido.

Paula Sá Nogueira, a actriz do Cão Solteiro que é ao mesmo tempo musa, cocriadora e intérprete, é a segunda habitante a tomar uma forma, depois de “Susana Pomba (um mito urbano)”.
A 15 de Junho a KARNART estreia a sua mais recente criação de perfinst, “Ilhas”, um espectáculo baseado na obra “As Ilhas Desconhecidas”, que Raul Brandão escreveu, em 1924, durante uma viagem de dois meses aos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

O neologismo perfinst - criado pela KARNART, flui entre as artes do palco e as artes visuais.
Em “Ilhas”, o público desloca-se entre zonas de representação simultânea escolhendo o que quer ver, procurando e encontrando o seu próprio sentido relativamente ao espectáculo.
Os Festivais Gil Vicente encerram a 16 de Junho com “Sonho de uma Noite de Verão”, do Teatro Praga. 

Partindo de “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, e de “The Fairy Queen”, de Henry Purcell, o Teatro Praga, com Os Músicos do Tejo, construiu um espectáculo que prima pela originalidade.

Lembrando a época de Purcell (1659-1695) e do teatro feito para a corte, espectacular, exuberante, megalómano, neste “Sonho de uma Noite de Verão” o Teatro Praga revive esses tempos. 

Uma comemoração festiva em busca da felicidade, mas também uma homenagem ao poder do som da música de Purcell, satisfazendo o gosto da época e o nosso.

Os espetáculos realizam-se no Centro Cultural Vila Flor, à excepção da peça “As Barcas” que estará em cena na Fábrica ASA. 

O início dos espectáculos está marcado para as 22:00, salvo o espetáculo “Os Lusíadas”, que, dada a peculiaridade desta apresentação, se inicia pelas 10:00 e se prolonga até às 24:00. 

Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro Cultural Vila Flor, e em todas as lojas fnac.

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