Uma gramática foi o último livro a ser vendido na Livraria Portugal, que depois de 70 anos de funcionamento na Rua do Carmo, em Lisboa, fechou as suas portas a 29 de Fevereiro.
O livro, «Gramática e Linguística», foi comprado já ao início da noite por uma professora portuguesa que mora em França e que passa (passava, aliás) pela histórica livraria em todas as deslocações à capital.
«É muito triste fechar-se um espaço com tanta história. Espero que um dia isto melhore e eles consigam reabri-la», disse.
Nas últimas horas de funcionamento (a loja fechou às 20h30, uma hora e meia depois do previsto), era evidente a tristeza dos funcionários, que se despediam de alguns clientes habituais com um «até sempre».
Os últimos dias da livraria, que abriu as portas ao público na década de 1940 na zona do Chiado, foram «muito concorridos», uma vez que muitos livros estavam em promoção, explicou um dos sócios, António Machado.
«Como vamos fechar, estamos a oferecer descontos muito grandes. Então temos tido mais clientes do que é normal», justificou.
Quanto aos clientes mais fiéis, António Machado referiu que receberam a notícia do encerramento com muita tristeza: «Sentem-se tristes porque vêem mais uma casa de cultura a desaparecer. E esta já tinha muitos anos».
O sentimento tem sido partilhado pelos cerca de uma dezena de empregados da Livraria Portugal, todos eles com muitos anos de casa.
«O empregado mais novo trabalha aqui há 10 anos. Os restantes trabalhavam aqui há trinta e mais anos. Custa muito ter de terminar tudo ao fim de tanto tempo, mas temos de tocar a vida para a frente», afirmou.
António Machado, que trabalha na livraria há quatro décadas, referiu que o agravamento das condições económicas provocou uma quebra das vendas e tornou «insustentável» a sobrevivência do espaço.
«Era mesmo impossível continuar», lamentou. Com dois pisos de exposição no centro histórico de Lisboa, a livraria foi frequentada ao longo de 70 anos por escritores portugueses de renome como Fernando Namora, Aquilino Ribeiro e Jaime Cortesão.
(fonte: http://www.cafeportugal.net)
«É muito triste fechar-se um espaço com tanta história. Espero que um dia isto melhore e eles consigam reabri-la», disse.
Nas últimas horas de funcionamento (a loja fechou às 20h30, uma hora e meia depois do previsto), era evidente a tristeza dos funcionários, que se despediam de alguns clientes habituais com um «até sempre».
Os últimos dias da livraria, que abriu as portas ao público na década de 1940 na zona do Chiado, foram «muito concorridos», uma vez que muitos livros estavam em promoção, explicou um dos sócios, António Machado.
«Como vamos fechar, estamos a oferecer descontos muito grandes. Então temos tido mais clientes do que é normal», justificou.
Quanto aos clientes mais fiéis, António Machado referiu que receberam a notícia do encerramento com muita tristeza: «Sentem-se tristes porque vêem mais uma casa de cultura a desaparecer. E esta já tinha muitos anos».
O sentimento tem sido partilhado pelos cerca de uma dezena de empregados da Livraria Portugal, todos eles com muitos anos de casa.
«O empregado mais novo trabalha aqui há 10 anos. Os restantes trabalhavam aqui há trinta e mais anos. Custa muito ter de terminar tudo ao fim de tanto tempo, mas temos de tocar a vida para a frente», afirmou.
António Machado, que trabalha na livraria há quatro décadas, referiu que o agravamento das condições económicas provocou uma quebra das vendas e tornou «insustentável» a sobrevivência do espaço.
«Era mesmo impossível continuar», lamentou. Com dois pisos de exposição no centro histórico de Lisboa, a livraria foi frequentada ao longo de 70 anos por escritores portugueses de renome como Fernando Namora, Aquilino Ribeiro e Jaime Cortesão.
(fonte: http://www.cafeportugal.net)
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