segunda-feira, 19 de março de 2012

Fundação EDP apresenta iniciativas para 2012


A situação pouco habitual aconteceu em Kakuma, no Quénia. Um candeeiro instalado no meio de uma rua juntou uma multidão à sua volta. Presente estava um comissário das Nações Unidas, três ministros quenianos e ainda jornalistas correspondentes do canal árabe Al Jazeera. O candeeiro iluminou-se e as palmas fizeram-se ouvir. Um momento estranho para um ocidental, mas não para aquele país. Para se ter uma ideia, há três cidades quenianas com luz pública: Nairobi, Mombaça e Kakuma, um campo de refugiados.

O candeeiro foi lá colocado pela Fundação EDP, que esta sexta-feira apresentou no Museu da Eletricidade, em Lisboa, o seu relatório de atividades e contas.

Na sala do gerador, Sérgio Figueiredo, presidente da fundação, contou outras histórias de Kakuma. Como dos Salesianos que ensinaram 30 prostitutas a trabalhar com fornos solares. Agora abriram 10 restaurantes e não voltaram a prostituir-se.

«A Fundação EDP não quer ser um mero distribuidor de cheques. Não somos tapa-buracos dando aquilo que o Estado não consegue», começou por dizer Sérgio Figueiredo, sobre o trabalho que a fundação faz fora de portas, mas especialmente cá dentro. «Desde exposições de arte até aos programas sociais. Temos também voluntários da própria EDP que dedicam horas mensais a ajudar parceiros sociais», afirmou o presidente. Em Portugal ajudam-se famílias carenciadas e apoiam-se instituições para que sejam auto-suficientes.

«Nestes países, por vezes, basta dar condições, como lanternas solares que permitam aos mais pequenos estudar à noite. A vila mais próxima de Kakuma agradeceu e tem agora uma avenida chamada Vasco da Gama, em homenagem aos portugueses que os ajudam», disse Sérgio Figueiredo.

O orçamento de 2011 foi de 14,5 milhões de euros, sendo que para 2012 foi aumentado para 22,9 milhões. Quarenta por cento dele provém de receitas próprias da fundação.

Nariz vermelho
Mas a maior parte dos objetivos da fundação passam por Portugal, e a Operação Nariz Vermelho, que leva palhaços aos hospitais para animar as crianças, é uma das que conta com o apoio. Beatriz Oliveira, uma mulher-palhaço que fez questão de dar o seu testemunho: «Cheguei aqui um dia para pedir um local para instalar a Operação. O doutor Sérgio levou-me à carpintaria e perguntou-me se o espaço servia. Só necessitava ser limpo e pediu-me uma semana. Até me ri cá fora, esperando que demorasse meses. Mas uma semana depois recebi a chamada: a sala estava pronta».

Neste ano há planos para continuar a ajudar instituições sociais e a promover a cultura e sustentabilidade. Em Angola serão 3 mil as pessoas beneficiadas com fornos solares, luzes e iluminação pública. O mesmo irá para a Venezuela, onde se prevê apoio a mil famílias.
(fonte:
http://www.abola.pt)

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