sexta-feira, 23 de março de 2012

Santa Comba Dão: Festival de clarinete




A cidade de Santa Comba Dão é, entre sexta-feira e domingo, palco de mais uma edição do Festival de Clarinetes do Dão, que este ano desenvolveu umaestratégia para envolver vários tipos de público.
“Durante estes três dias, o festival pretende cativar e sensibilizar o grande público para a arte e cultura através do cruzamento dos seus interesses pessoais para, posteriormente, podermos envolvê-los numa atividade cultural que lhes permita enriquecer o seu conhecimento”, justificou à agência Lusa o diretor artístico do festival, Sérgio Neves.
Neste âmbito, a organização do festival colaborou com a diretora artística da Casa da Cultura de Santa Comba Dão “para criar uma estratégia, de forma a envolver os vários públicos”, chamada de “cultura em movimento” e que passa por promover atividades paralelas ao festival.
“Com esta interação, pretendemos cativar público para os concertos, envolver a comunidade local numa atividade múltipla de interesses, proporcionar aos visitantes uma cidade ativa e interessante, promover os produtos da região, atrair pessoas com múltiplos interesses e desenvolver a economia local”, justificou o maestro.
Quanto ao festival propriamente dito, houve o cuidado de ter “uma programação com professores de referência nacional e internacional” e que integrasse também “concertos, palestras e exposições atrativas para os alunos e meio melómano nacional”.
A organização contratou, pela primeira vez, uma orquestra nacional – a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção do maestro Luís Carvalho -, para poder ter “um festival que se assemelhe aos grandes eventos do clarinete a nível mundial”, explicou.
A terceira edição do festival tem o primeiro concerto marcado para sexta-feira à noite, com o Quarteto de Clarinetes de Aveiro, e encerra no domingo com o Ensemble de Clarinetes do Dão, dirigido por Sérgio Neves. Do programa constam ainda workshops de clarinete ministrados por Carlos Javier Fernandes, Luís Carvalho, Sérgio Neves e Vítor Matos e uma palestra sobre “O clarinete Baixo”, por Hugo Queirós, entre outras iniciativas.
Sérgio Neves contou que, desde a primeira edição do festival, todos os anos aumenta o número de alunos participantes e a sua proveniência geográfica.
“Para este ano o festival cativou cerca de 60 alunos de vários níveis e afirma-se como um dos eventos deste género com mais procura”, sublinhou.
Também aos alunos do Conservatório de Música e Artes do Dão é proporcionada, durante um fim de semana, “uma vivência musical e artística que se assemelha à das duas grandes áreas metropolitanas de Portugal”, referiu, acrescentando que, para muitos deles, é “uma oportunidade única durante todo o ano” de assistir à atuação de grupos de excelência.
“Muitos dos nossos alunos, pais e público local nunca ouviram uma orquestra de formação clássica ou um quarteto de cordas”, contou.
O maestro admitiu sentir-se orgulhoso do festival, porque proporciona a quem está no meio “uma oportunidade de trabalhar com os melhores professores e ouvir os melhores intérpretes” e, às outras pessoas, “experiências sensoriais enriquecedoras e únicas por diferentes razões”. 

Sem comentários:

Enviar um comentário