"Uma estratégia para a Antena 3": leia documento criado por profissionais da rádio pública
Na sequência da revelação, em 2011, de um relatório sobre o serviço público de rádio e televisão, que sugere que a Antena 3 deve abordar exclusivamente a música e a cultura portuguesas, um grupo de profissionais do canal "jovem" da RDP apresentou um documento sobre aquela que, na sua opinião, deverá ser a direção da Antena 3.
O documento pode ser consultado na internet e foi assinado por figuras como António Freitas, do programa dedicado ao heavy metal, Alta Tensão ; Henrique Amaro, ligado à divulgação da música portuguesa e autor do programa Portugália ; Nuno Calado, que conduz o espaço Indiegente , e pelo colaborador Fernando Alvim, entre outros profissionais da estação.
Entre os 10 pontos defendidos no documento, destaque para a posição destes radialistas quanto à música portuguesa: "A nova música portuguesa deve ser, predominantemente, o motor de divulgação do serviço público prestado pela Antena 3, cumprindo uma quota de airplay de pelo menos 50%", pode ler-se. Os profissionais que assinaram o documento propõem-se a "continuar a trabalhar na divulgação de grupos e artistas portugueses, os quais constituem a essência da música portuguesa que fundamenta a Antena 3".
Contudo, os signatários desta proposta salientam a importância de a Antena 3 ser um "veículo privilegiado da divulgação de música nova, independentemente da origem, género ou estilo".
"Representar e divulgar a cultura e a língua do país ao mundo" e incentivar o "novo talento nacional", não só na música como no cinema, na literatura, no teatro e nas artes plásticas, é outra das missões que a Antena 3 deve cumprir, no entendimento dos autores deste documento.
O manifesto, segundo o qual o intervalo de audiência da Antena 3 deve situar-se entre os 3% e os 4%, já entregue ao diretor da RDP, Rui Pêgo, e à Comissão de Trabalhadores da RTP.
(fonte: blitz.aeiou.pt)
Sem comentários:
Enviar um comentário