terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
32º Fantasporto
O Fantasporto está de volta. Desde ontem e até 4 de Março há centenas de filmes para ver, oriundos de 33 países diferentes. A caminho da 32ª edição, o Teatro Rivoli volta a ser o centro de operações do mais emblemático dos festivais de cinema nacionais.
O arranque do festival será dado com o Fórum “O Futuro Agora”, que terá a celebração oficial do 30º aniversário de uma obra maior de Ridley Scott, Blade Runner. Entre workshops e conferências, é a oportunidade para recordar uma obra que foi exibida em 1982 em antestreia nacional, precisamente no Fantasporto. O arranque oficial acontece a dia 24, com a exibição de Vergonha, segunda obra de Steve McQueen, que promete ser um dos acontecimentos cinéfilos de 2012.
Como é habitual, o Fantasporto volta também a ser um espaço de homenagem. Este ano será a vez do realizador e argumentista Alain Robbe-Grillet, mas também do realizador português António Pedro Vasconcelos, uma das provas vivas de que os realizadores portugueses também têm atenção do público português.
Também Bram Stoker terá direito a homenagem. O escritor que durante sete anos se aventurou na criação de Drácula, uma das mais fascinantes personagens do imaginário ficcional, terá direito a uma sessão dupla, com a exibição da excelente adaptação Drácula, de Francis Ford Coppola, mas também de uma das obras maiores do expressionismo alemão e do cinema de terror em geral, Nosferatu (1922), de F.W. Murnau.
Apesar de tudo um dos destaques deste ano é o tributo àquele que é considerado por muitos o pior realizador de todos os tempos, Ed Wood. A obra descomprometida e pouco profissional deste realizador que entretanto se tornou culto terá direito a várias sessões (podem consultar o programa aqui), entre as quais não queríamos deixar de referir o hilariantemente bizarro Plan 9 From Outer Space.
Bellflower, a muito elogiada estreia em longas-metragens de Evan Godell e Attack the Block, o potencial filme de culto Joe Cornish, são dois fortes concorrentes do festival. Mas num festival que tem no terror e no cinema fantástico a sua grande marca, convém não deixar de parte os bastante violentos The Bunny Game, de Adam Rehmeier, mas também dois representantes do cinema asiático, Guilty of Romance do cineasta nipónico Shion Sono, e Gandu, do indiano Kaushik Mukherjee.
O encerramento ficará por conta de This Must be the Place (na foto), filme que conta com Sean Penn no papel de um glam-rocker de meia-idade. Pelo meio haverá ainda um baile de vampiros, que vai contar com a música dos portuenses Zen.
Durante as próximas duas semanas a cidade do Porto volta a ser o centro cinéfilo do país, com a garantia da organização de que cerca de 80% das obras exibidas são inéditas em Portugal. Entre cinema nacional e internacional, curtas e longas-metragens, retrospectivas ou antestreias nacionais, conferências, workshops, exposições, apresentações de livros e até a inauguração de uma estátua (“O Dragão") na Praça D. João I, são muitas as ofertas deste 32º Fantasporto. É aproveitar.
Podem consultar o programa completo no site oficial.
(fonte: VouSair)
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