domingo, 22 de julho de 2012

Tesouros de Amália expostos em Guimarães 2012




As memórias e principais tesouros de Amália Rodrigues estão expostos em Guimarães a partir desta segunda-feira na Casa do Ouro, até 13 de agosto. A Capital Europeia da Cultura presta tributo à rainha do fado.



Amostra "Tesouros de Amália" divulga os principais objetos pessoais e decorativos da fadista e inclui jóias, vestuário e guitarras. A exposição abre ao público às 18 horas, na Rua de Santo António.
Das mais de 12 peças de vestuário, destaca-se o vestido rosa, de seda lavrada, feito para o concerto dos 50 anos de carreira, no Coliseu dos Recreios, em 1990. Amália optou por usar um igual, em negro, e deixou o rosa para estrear no Japão, três anos mais tarde, naquele que seria o último concerto que daria em terra asiáticas.
Figura ainda na exposição a guitarra oferecida pelo portuense Domingos Capela, em 1986. Em Dezembro, a fadista recebeu o construtor em sua casa, trazendo-lhe o presente, "que, cuidadosamente, guardou e que agora é exposto", explica, ao "Jornal de Notícias", Aida Antunes, curadora da exposição.
O leque de objetos inclui, ainda, jóias - réplicas e originais - fabricadas pela Ouronor. A empresa detém o exclusivo da marca "Amália" e produziu as jóias para o filme com o nome da fadista, de Carlos Coelho da Silva.
Recorde-se que Amália Rodrigues levava consigo uma jóia para todos os espectáculos e não dispensava a "Estrela", peça batizada pela fadista, com formato estelar, cravejada de pedras.

Segundo Estrela Carvas, assistente pessoal de Amália, aquela jóia era "indispensável" para a fadista, "como um talismã, que levava para todo o lado".
A peça "Estrela" protagonizou um incidente na vida da rainha do fado, quando caiu numa sarjeta de Paris, em França. Na altura, Amália Rodrigues fez questão de voltar para trás à procura da peça, que foi encontrada no escuro da noite graças ao brilho.
"Estrela" está, agora, disponível para o público, juntamente com outras peças indispensáveis na vida da fadista.
É o caso dos óculos Cristhian Dior, adquiridos em Lisboa no ano de 1985 e que são expostos pela primeira vez. Amália usava-os para se esconder dos olhos do público, como revela a confidente: "Ela dizia sempre que queria os óculos, era para se esconder, porque, de certa forma, ela era tímida".


A estes "tesouros", acrescentam-se o colar comprado no México, em 1956, os sapatos usados na atuação no Vaticano, em 1981, as pregadeiras usadas no final da década de 50 no Brasil e em Paris, as luvas adquiridas em Lisboa, a sombrinha comprada em Roma, Itália, em 1989, e o conjunto de saia e blusa utilizados na segunda parte do concerto dos 50 anos.
(fonte: http://www.jn.pt)

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