domingo, 22 de julho de 2012

Balanço do Alive. Optimus e Super Bock vão ter rival: EDP quer ter festival


No próximo ano, Super Bock, TMN e Optimus terão um novo concorrente a disputar o território da música: a EDP.

Há quatro anos, a elétrica começou a testar o terreno com presença nos festivais. De patrocinador passou, este ano, a dar nome ao EDP CoolJazz Fest e ao EDP Paredes de Coura. O próximo passo pode ser um festival criado à sua medida, admite Paulo Campos Costa, diretor de comunicação e marca. "No caso da música e do surf achamos que há espaço para a EDP ocupar." Os indicadores "muito positivos" de retorno que tem obtido reforçam a convicção.
Atualmente, a EDP está nos festivais com ações que promovem a sustentabilidade ambiental, os valores que a marca quer promover - por exemplo, troca copos de plástico usados por brindes. Mas isso pode mudar. "Com a verdadeira liberalização do mercado da eletricidade podemos passar a ter uma atividade mais comercial em festivais criados de raiz [pela EDP] ou reforçando a presença nos outros", diz Campos Costa.
A avançar com um festival próprio a EDP entra no campeonato da Super Bock, da Optimus, da TMN e, mais recentemente, da Vodafone, marcas que têm vindo a construir uma relação com a música. A Optimus é a segunda marca "mais associada à música e a primeira na área das telecomunicações", realça Hugo Figueiredo, diretor de marketing central da operadora. "O Optimus Alive é o nosso pilar de construção de marca e de ligação à música." 
A operadora dedica 20% a 25% do orçamento de comunicação à música e "quase 90% vai para festivais". Com 55 mil pessoas previstas para ouvir amanhã os Radiohead no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa, Álvaro Covões mostra-se satisfeito com a sexta edição do festival. Nem o cancelamento de Florence + The Machine nem a crise afastaram o público, garante: "Quando se tem um produto diferenciador as pessoas fazem um esforço para ir ao evento." E nem a promotora cortou no investimento: 5,2 milhões de euros - no ano passado, para quatro dias, foram 6,4 milhões. "Fazer mais com menos significa perder clientes. É baixar a qualidade do cartaz. Este ano é muito mais difícil, mas investimos mais para obter mais retorno", assegura o responsável da Everything is New. 

Sem comentários:

Enviar um comentário