O sector cultural e criativo representou 3,1 por cento da riqueza criada e 2,7 por cento do emprego em Portugal no ano de 2010, apesar de o ramo manter um défice comercial, segundo um estudo hoje revelado.
O relatório, encomendado pela Samsung Portuguesa aquando do seu 30.º aniversário e realizado pela Augusto Mateus e Associados, refere que em 2010 Portugal exportou 1.322 milhões de dólares (1.020 milhões de euros) em bens culturais e criativos, 2.139 milhões de dólares (1.650 milhões de euros) em bens relacionados e 1.523 milhões de dólares (1.175 milhões de euros) em serviços.
«O contributo deste sector cultural e criativo já compara bem com outros sectores mais tradicionais e emblemáticos da economia portuguesa, como são os casos do têxtil e vestuário, da alimentação e bebidas ou do sector automóvel», revelou a Samsung em comunicado.
De acordo com o relatório, o défice comercial do sector mantém-se, tendo sido de 566 milhões de dólares (437 milhões de euros) em 2010, perto de metade do valor registado em 2002.
«Importa referir também que o desempenho exportador da economia portuguesa é suficientemente interessante, apesar de alguma ‘turbulência’», escrevem os autores do estudo.
O documento conclui que o papel do sector cultural e criativo «pode e deve ser valorizado no contexto da construção de um novo paradigma de produção e de consumo susceptível de suportar o crescimento económico numa trajectória de superação da presente crise económica e financeira», realçando as «dinâmicas positivas» do ‘design’, ‘arts & crafts’, moda, novos media e audiovisual.
(fonte Lusa)
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