quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Verão na Casa" da Música com 53 concertos




Um patrocínio e o reforço de verba por parte de 10 fundadores permitiu à Casa da Música anunciar, esta terça-feira, a programação "Verão na Casa", com concertos ao ar livre e alguma diversidade, como jazz e "world music". 

Dianne Reeves, Milton Nascimento, Nicolas Jaar, Playing for Change, António Zambujo e Vitorino são alguns dos nomes que se destacam da programação anunciada pela Casa da Musica até ao final de julho, que, segundo o diretor artístico António Jorge Pacheco, procura "apresentar propostas alternativas a aquilo que já é oferta do mercado" nesta altura do ano com a tónica "nas músicas do mundo e na música popular portuguesa".

Ao todo serão 53 concertos, 19 dos quais na esplanada fronteira ao edifício projetado por Rem Koolhaas e 33 deles de entrada gratuita que, segundo o diretor artístico, são de "entretenimento inteligente, dentro da filosofia programática da Casa da Música" e permitindo-lhe acrescentar alguma "diversidade", num ano em que os cortes afetaram áreas como o jazz ou a pop.

No jazz, o destaque vai para a vencedora de quatro Grammys, a cantora Dianne Reeves, que atua a 16 de julho, integrada no projeto Terri Lyne Carrington"s Mosaic Project.

Mas há espaço para a atuação de nomes mais locais, como a Kiko & the Jazz Refugees, a lançar o seu disco "L'USA" (12 de julho) ou a Orquestra de Jazz de Matosinhos (13 de julho), bem como de alunos de algumas escolas de música que, nos diferentes géneros, ocupam uma faixa significativa do "Verão na Casa".

As músicas do mundo estão representadas pelo brasileiro Milton Nascimento (2 de julho),com uma atuação em que celebra os 40 anos do seu álbum "Clube da esquina", mas também por grupos que navegam pelo reggae, como os Ponto de equilíbrio (2 de julho), Groudation (24 de julho) e os Playing for chance (11 de julho), esta uma formação liderada por Mark Johnson que vai pescar talentos nos músicos de rua.

Na música portuguesa, os destaques vão para António Zambujo (21 de julho), a viver a aclamação do seu álbum "Quinto", e para Vitorino (27 de junho), com um espetáculo denominado "Ergue-te ó sol de Verão", no qual interpreta músicas de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira.


O tradicional Clubbing regressa a 22 de junho, no seu formato mais reduzido, com a atuação dos DJ da editora Cómeme, e no formato maior, a 30 de junho, com Nicolas Jaar e o seu projeto Darkside e Matthew Herbert's One Pig na sala Suggia e vários DJ espalhados pelo edifício.


Espetáculos tradicionais da Casa da Música, como o gratuito Concerto de São João, o concerto do prémio Suggia (6 de julho) o "best of" Música na Rua (28 e 29 de junho), que acolhe os melhores músicos que atuam num concurso do Metro do Porto e o Encontro de Bandas Filarmónicas (28 e 29 de julho) mantêm o seu lugar nesta programação estival.
Presente na conferência de imprensa esteve o administrador da Unicer, Pires de Lima, cuja marca Super Bock é o patrocínio maior do "Verão na Casa", e o administrador da Casa da Música, Nuno Azevedo, que quis agradecer o apoio da cervejeira e de 10 fundadores que reforçaram a sua contribuição.


"Este apoio extraordinário", afirmou, é que permitiu reeditar este bloco de programação, cobrindo a falta de apoio do Turismo de Portugal que, o ano passado, foi de 175 mil euros.
(fonte: http://www.jn.pt)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

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Serralves em Festa...Está quase!!

Teatro Académico de Gil Vicente - Millenium-Reverse



Bem vindo à Chantelecom, empresa de telecomunicações. O encontro impossível de Jean, operador de telemarketing, e Jean-Pierre, diretor de recursos humanos, antes de perderem os seus empregos. Na impossibilidade de se agarrarem ao profissionalismo, o íntimo instala-se no escritório: there's no show-business like business.

CRIAÇÃO, TEXTO E ENCENAÇÃO David Desoras/DYProcess
TRADUÇÃO Alexandra Moreira da Silva
INTERPRETAÇÃO Yves Chedemois, Roger Contebardo, David Desoras, Alexandra Fadin, Céline Perra e Elise Roth
DESENHO DE LUZ Frédéric Rocher e Johann Ascenci
GUARDA ROUPA E CENÁRIOS François Gauthier-Lafaye
PRODUÇÃO Vivacte
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO Yves Chedemois
APOIO TÉCNICO Rui Azevedo, Mathieu Bouillon
OPERAÇÃO DE LEGENDAS Rui Spranger
LEGENDADO português
DURAÇÃO APROX 2h15
M/12

PREÇÁRIO
7,5€ [Normal]
5€ [<25, Estudante, >65, Grupo + 10, Rede UC]
4€ [Assinatura para as Artes]


(fonte: http://www.tagv.info)

Cultech 2012 - Guimarães 2012

Imagem de Nathan Fake e Jon Hopkins no Cultech 2012

CULTECH é música na origem dos sentidos, é uma onda de vibrações em movimento e funda-se na consciência sensível da realidade transcendente da música enquanto ingrediente primordial das vidas e culturas humanas.

Imemorial a sua exaltação em rituais de toda a índole, a música não está sozinha porque se mobiliza num impulso relacional que dá oscilação e cor à imagem, enforma o edificado, dá gestos ao corpo, adapta-se a um filme, induz um cheiro, aclama e é aclamada, e por isso é o nosso veículo de contacto seminal transdisciplinar.

Neste sentido, a música electrónica, a imagem, a ilustração, o vídeo, o design e a arquitectura são as formas e conteúdos que animizam o espírito CULTECH, estruturando um horizonte de realização e participação sinestésica. Um estímulo proveniente de um sentido traduzido num outro diferente ou na experiência de um conjunto simultâneo de estímulos dialogantes entre si, produzindo emoções, caminhos e significados entre-motivados.

Neste fluxo incessante, interpretamos o preceito de MacLuhan "o meio é mensagem". O Cultech é o meio da criação artística na experiência estética. É um conjunto de momentos, eventos e acções moduladoras de experiências íntimas e colectivas. Seja ao vivo, on line, em rede, em directo, criamos uma geometria de relações simultâneas e memes criativos de partilha, alegria e contemplação.

É com base neste impulso relacional suscitado pela música, que actuamos enquanto produtores de cultura, de arte e de conceitos. Transportamos a música que nos transporta almejando actos originários e originais, materializados em 4 temas:

Transportar Música
Música ao vivo, online, podcast, stream live

Dançar Música
Dj Set + Live, festa, performance, dança

Imagem em Movimento
Projectos de interacção som/imagem, vídeo-clip, instalação digital, ilustração

I Play
Espaço dedicado à participação de todos: entusiastas, curiosos, atrevidos e excêntricos

Programa completo: http://www.cultech.com.pt/artistas.html
(fonte: http://www.cultech.com.pt)

Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra 2012



Emblemático a nível nacional para qualquer amante de jazz, o festival mantém como força motriz o contacto do público com grandes nomes: Joe McPhee e Atomic estão entre os convidados da décima edição.

Aos 72 anos, o norte-americano John McPhee mantém-se como figura incontornável da linha frente do jazz mundial. É conhecido por deambular pelo "free jazz" em regime de improvisação, eclectismo e muita criatividade. Ele é o convidado especial dos três concertos do Trespass Trio, um grupo sueco amante destas referências.

O concerto que se segue também obedece à fórmula trio + convidado: o sentido de exploração livre do pouco Open Field eleva-se a outro patamar com a adição do violino de um grande improvisador: Carlos Zíngaro. Com quatro décadas de carreira e mais de meia centena de discos editados, o violinista e compositor é um dos mais reconhecidos improvisadores portugueses, dentro e fora de portas.

A sua presença no Jazz Ao Centro passa também por uma actuação a solo no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. O remate do festival é feito por um dos projectos mais representativos do dinamismo do jazz escandinavo: Atomic.

A secção rítmica é formada pelos noruegueses Ingebrigt Håker-Flaten (contrabaixo) e Paal Nilssen-Love (bateria), aos quais se juntam Pete Fredrik Ljungkvist (saxofones), Magnus Broo (trompete) e Håvard Wiik (piano).
(fonte: http://lazer.publico.pt)

Festival Internacional de Banda Desenhada (BD) de Beja

Mais de 100 autores portugueses e estrangeiros, como o canadiano Harold Foster, o desenhador de "Tarzan", vão contar "histórias em imagens" no oitavo Festival Internacional de Banda Desenhada (BD) de Beja, que arranca este sábado, 26.

   Até 10 de Junho, os "amantes" de BD vão poder apreciar pranchas e desenhos de autores consagrados e novos talentos da nona arte, através de sete exposições individuais e três colectivas e duas mostras patentes na Casa da Cultura de Beja.

   Devido às dificuldades financeiras da Câmara de Beja, a organizadora, através da Bedeteca de Beja, o festival vai realizar-se "numa versão mais reduzida", diz à Agência Lusa o diretor do festival, Paulo Monteiro.

   Em relação a edições anteriores, o festival deste ano tem menos exposições e iniciativas no âmbito da programação paralela, mas mais autores representados, explica.

   "O importante era não falhar uma edição e realizar o festival, mesmo numa versão mais reduzida", frisa ainda Paulo Monteiro, referindo que a organização já está "a pensar em soluções alternativas de financiamento para o festival voltar à velha forma" em 2013.
Este ano, o festival, que pretende divulgar "um pouco" de todos os formatos, géneros e estilos de BD, vai mostrar pranchas, desenhos e fotografias de cerca de 120 autores de 14 países, sobretudo de Portugal, Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil e França, acrescenta.

   Os portugueses André Oliveira, Carla Rodrigues, Eliseu Gouveia, Maria João Worm e Pepedelrey e o brasileiro Júlio Shimamoto, "um mestre da BD brasileira" que "em breve" vai ser editado pela primeira vez em Portugal, são os autores de BD que vão expor individualmente.

   O festival inclui também a exposição individual do fotógrafo Francisco Paixão, "De Beja a Angoulême – 18 horas de comboio", que retrata a viagem que uma comitiva de Beja, constituída sobretudo por autores de BD, fez em Janeiro para visitar a edição deste ano do maior festival de BD da Europa, que se realiza naquela cidade francesa.

   Das exposições colectivas, Paulo Monteiro destaca "Traços Comuns: Arte Original da Colecção de Domingos Isabelinho", que reúne originais de 29 autores, alguns "históricos da BD mundial", como Harold Foster, da colecção privada daquele que é "um dos maiores coleccionadores portugueses de BD".

   O festival inclui também as colectivas "Corto Maltese no século XXI", com desenhos de 45 autores portugueses sobre o personagem criado pelo italiano Hugo Pratt, e "Originais e Serigrafias da Bedeteca de Beja", que reúne trabalhos de 37 autores nacionais e estrangeiros, como o norte-americano Craig Thompson e o italiano Fabio Civitelli.

   O festival inclui ainda duas mostras de obras de dois autores portugueses que vão ser lançadas e apresentadas no festival, ou seja, "Obscurum Nocturnus", de Diogo Carvalho, e "Han Solo", de Rui Lacas.

   Além das exposições, o festival inclui o Mercado do Livro e uma programação paralela, com lançamentos e apresentações de livros e revistas, workshops, filmes, venda de revistas usadas, originais e serigrafias, um torneio de jogos e o festival Santa Maria Summer Fest 2012, dias 1 e 2 de Junho. (fonte:
http://www.correioalentejo.com)

AVANCA 2012 - Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia


Mais de 2300 filmes já chegaram ao AVANCA 2012 – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, anunciou a organização.

Filmes de longa e curta metragem, abarcando a ficção, a animação e o documentário, produzidos em 69 países dos 5 continentes, são já as obras candidatas à competição deste ano.

Com o prazo de inscrição a decorrer até 11 de Junho para filmes inéditos, candidatos ao Prémio Estreia Mundial, continuam a chegar obras vindas de todo o mundo, adiantou o Cine-Clube de Avanca.
(fonte: http://www.noticiasdeaveiro.pt)

Congresso Nacional do Vinho e do Mundo Rural



As antigas garagens do Palace Hotel do Buçaco, na Mata Nacional do Buçaco, foram palco, na passada terça-feira, da cerimónia de apresentação do Congresso Nacional do Vinho e do Mundo Rural, que se realizará em Santarém, na 50.ª Feria Nacional da Agricultura. Uma iniciativa da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV).
Temas como os Novos Desafios do Mundo Rural, Ensino e a Inovação; o Vinho e Economia Sustentável; Vinho, Gastronomia e Turismo; Vinho e Comunicação e Vinho, Autarquias e Agentes Locais vão ser discutidos nos dez fóruns regionais que foram também apresentados e que culminarão no Congresso Nacional.

A apresentação desta iniciativa esteve a cargo do secretário-geral da AMPV, José Arruda, que alertou para a importância do vinho, como vetor de desenvolvimento para o país e referindo que o objetivo destes fóruns passa por criar espaços de debate e opinião das realidades e especificidades de cada região. Ao todo estão envolvidas cerca de 90 entidades que irão dinamizar a reflexão sobre os temas sugeridos.

Já o Presidente da Fundação Mata do Buçaco, António Jorge Franco, congratulou a organização pela escolha do local para lançar a iniciativa. “É uma honra receber a apresentação deste certame, na Mata Nacional do Buçaco”.

Estiveram ainda presentes representantes das várias entidades que compõem o Conselho Executivo do Congresso: CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal, Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; FENADEGAS – Federação Nacional de Adegas Portuguesas, Fundação da Mata do Buçaco, IVV – Instituto da Vinha e do Vinho, VINIPORTUGAL – Associação Interprofissional para a Promoção dos Vinhos Portugueses, IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, ANDOVI – Associação Nacional Denominações de Origem Vitivinícolas e o CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas. Ao todo são 90 entidades que ião dinamizar a reflexão sobre os temas.

Relativamente ao Congresso, este realiza-se a 11 de Junho de 2013, durante a 50ª Feira Nacional da Agricultura no CNEMA, onde serão apresentadas as conclusões dos 10 fóruns Regionais refletindo um país rural real, e profundamente ligado à cultura do vinho.

No final da apresentação foram degustadas as “Quatro Maravilhas de Mesa da Mealhada”.
(fonte: http://www.jornaldamealhada.com)

Acção de protesto "A Cultura é barata"



EDP e BPN. Foram estes os alvos da acção de protesto “A Cultura é barata” que esta madrugada deixou marcas em várias sedes espalhadas por Lisboa, Porto, Coimbra e Faro.

Objectivo? “Mostrar aos portugueses quais é que têm sido as escolhas políticas nos últimos anos e o que representam para o sector cultural”, pode ler-se num comunicado enviado ao P3 no qual os seus promotores se declaram “fartos do desrespeito, da humilhação, agressividade e desprezo pela Cultura”.

“Entregou ao BPN 40 anos de Cultura”, “Entregou aos novos donos da EDP um ano de Cultura”, “Gastou 11 anos de apoio à Cultura em espingardas”, “Entregou à Lusoponte cinco anos de apoio à criação”. Estas foram algumas das frases coladas nas montras de algumas sedes da EDP e BPN por um grupo anónimo que pretende reivindicar a falta de investimento no sector cultural.

“A inevitabilidade dos cortes foi e continua a ser uma política deliberada e consistente do Estado se demitir da missão de garantir o acesso e a fruição cultural aos seus cidadãos”, explica este grupo, com uma denúncia na ponta da língua. “Chegámos hoje a uma situação em que o orçamento para Cultura deixou de ser um investimento para se tornar um ‘gasto’, com conotações quase criminosas, algo politicamente indefensável”, prosseguem, deixando claro que o principal objectivo passa por “recolocar a discussão pública sobre a Cultura”.

“Este retrocesso colocou a arte e a criação sob a mira de ataques gratuitos e destruiu na prática toda a frágil legitimidade social que os agentes culturais construíram desde o 25 de Abril. Perdemos a noção da Cultura como fonte de conhecimento e desenvolvimento. É por isso necessário clarificar ao que corresponde realmente o ‘monstro’ da Cultura: em 2012 apenas 0,1 por cento do Orçamento de Estado foi para a o sector cultural, ou seja, uma redução nominal de 75 porcento desde o ano 2000”.



A ideia de que a Cultura é uma despesa enorme, dizem os activistas, “não tem qualquer cabimento”. “É ridículo que a Cultura esteja sofrer cortes desmesurados para financiar bancos envenenados e parcerias PPP’s a preço de ouro, cortes que mais não representam do que uma gota no oceano dos fundos perdidos no BPN, nos subsídios à EDP, nos negócios por esclarecer entre a CGD e a Estradas de Portugal, entre muitos outros”.
(fonte: http://p3.publico.pt)

domingo, 27 de maio de 2012

António Chainho apresenta novo álbum no CCB



António Chainho vai estrear um novo espectáculo a 3 de Julho no Centro Cultural de Belém.

O concerto tem como ponto de partida a colectânea «Entre Amigos», a editar no final de Junho. O disco reúne as mais importantes parcerias realizadas pelo guitarrista com cantores e músicos seus amigos e junta dois inéditos recentemente gravados com Camané e Adriana Calcanhotto.



«Por muitos anos a Guitarra Portuguesa esteve subjugada ao Fado. Era necessário libertá-la e eu penso que o consegui», declara Chainho em comunicado.
(fonte: http://discodigital.sapo.pt)

Intercâmbio "Barroso-Itália" - Artesanato




Durante cerca de três semanas, um grupo de artesãos portugueses esteve em Itália a cumprir a quarta e última mobilidade "Barroso-Itália". A equipa barrosã abordou a temática "As tradições como base da intervenção sustentável". Os artistas, que integram a organização do "Festival do Castanho", deixaram um mural alusivo a Montalegre, como forma de assinalar a passagem. Inserida num projeto de voluntariado sénior, esta parceria «mostrou-se uma experiência muito enriquecedora», cujo maior desafio «passa por repetir a ideia com jovens», afirma David Teixeira, diretor do Ecomuseu de Barroso.
O intercâmbio "Barroso–Itália", inserido «num projeto de voluntariado sénior», teve como missão «a troca de experiências a nível cultural e formativo». Resultou de uma parceria estabelecida entre Ecomuseu de Barroso, Portugal, e associação NO ARTE, Itália. O projeto englobou «quatro períodos de mobilidade voluntários, duas mobilidades de acolhimento e duas de envio para cada um dos países parceiros». Assim sendo, «cada uma envolveu no mínimo três voluntários com idade superior a 50 anos que desenvolveram atividades na instituição parceira durante um período de três semanas aproximadamente».
NOVA DIMENSÃO
Chega assim ao fim «mais um projeto desenvolvido pelo Ecomuseu de Barroso com os parceiros italianos da Sardenha», refere David Teixeira, diretor do Ecomuseu de Barroso. Feitas as contas, «foi uma experiência muito enriquecedora para ambas as associações que estiveram por detrás desta mobilidade sénior». O Ecomuseu «ganhou uma dimensão diferente, adquiriu uma noção de cultura e de importância da cultura no desenvolvimento de um espaço». Neste momento «estamos a fazer, as duas associações intervenientes, a avaliação daquilo que foram as duas mobilidades entre os dois países», revela. Receber os artesãos italianos em Montalegre «foram dois momentos marcantes», em que se «integraram nas nossas atividades, levaram a cabo as ações que traziam programadas». A estadia em Barroso «permitiu-nos conhecer muitas das tradições típicas da Sardenha». Não menos importante foi «perceber a ligação dos descobrimentos e da presença portuguesa pelo Mundo, uma vez que eles têm o dialeto sardo, que é em tudo igual ao português e ao barrosão, tem muitas palavras similares», acrescenta.
«REPETIR COM JOVENS»
Para David Teixeira «a maior descoberta e maior desafio que ficaram passa por repetir esta experiência com jovens». O voluntariado sénior «é uma área interessante e que será crescente para os projetos que possam vir a ser desenvolvidos em parceria com o Ecomuseu». Contudo, o diretor da instituição barrosã «pensa que o desafio lançado ao município e ao Ecomuseu, por parte da Sardenha, também seria muito enriquecedor se muitos dos nossos jovens ligados ao teatro, ao Centro de Estudos de Barroso (CEB), tivessem a possibilidade de visitar comunidades que têm esse hábito de encontro de cultura». É um «centro de cultura, onde gente de todo o Mundo vai aprender, ensina o que sabe e, no fundo, marca a sua presença e o valor da sua identidade».
MARCO DE BARROSO EM ITÁLIA
Durante mais de 20 dias, a comitiva do “Festival do Castanho” esteve em San Sperate. Maria Carvalho refere que «era uma realidade que nós não conhecíamos fisicamente». Apesar de à partida «sabermos que íamos encontrar murais e outras coisas, a atmosfera vivida era uma incógnita». Todas as pessoas «nos receberam bem e foram muito acolhedoras». Durante a estadia «desenvolvemos uma ideia», divulga. Foi entregue aos portugueses «uma parede que, ao início, gostávamos pouco, e que viemos a gostar muito mais com o tempo». Falamos da construção de um mural, que acabou por marcar a presença de Barroso em Itália. Para melhor entender o que foi feito, a artista recorda que «a origem de construção daquela terra é feita em blocos de terra cruda». Trata-se de uma «mistura de barro, terra, areia e palha». Toda «a construção original de San Sperate foi feita assim». Todavia, «por iniciativa de um artesão local, posteriormente foi pintada de branco». A proposta de branco «aparece no sentido de trazer os artistas do Mundo e convidá-los a deixar a sua marca». Acontece que «com o tempo os murais vão-se diluindo e há sempre uma renovação desse trabalho». No caso específico, «foi-nos dada uma parede que já não tinha tinta e que voltou à origem». Era visível «uma parede construída em blocos e o que tinha dentro dos seus blocos». O trabalho do grupo passou por «conservá-la, que só por si é uma obra de arte». Em complemento está «um artefacto de um braço, em escultura, com lupa». O objetivo desta simbologia «foi reforçar a observação de quem passa por aquela rua, uma espécie de apelo à observação».
ATIVIDADES VÁRIAS
Durante este último momento da mobilidade, foram realizadas diversas atividades. Maria Carvalho destaca «um fabuloso workshop de lã», durante o qual «aprendemos técnicas base, desde o processo de cardar a lã». Outra ocasião relevante foi «a oportunidade que tivemos de ter contacto direto com técnicas de fabrico artesanal de blocos de terra cruda», pasta essa que «ainda foi utilizada no mural». Para além da componente prática, também «participámos em jantares, mostraram-nos paisagens lindíssimas e tivemos muitas visitas arqueológicas». Foi uma «mistura de contactos, momentos de sabedoria, aprendizagem, sensibilização e conhecimento», conclui.
MOBILIDADES:
1ª Mobilidade
Sardenha-Portugal;
Abril 2011;
Temática: “Arte da Terra”.
2 ª Mobilidade
Portugal-Sardenha;
Outubro 2011;
Temática: "Sinfonia da Pedra".
3ª Mobilidade
Sardenha-Portugal;
Fevereiro 2012;
Temática: "As Máscaras e a Identidade. Rituais Celtas e Nurágicos".

4ª Mobilidade
Portugal-Sardenha;
Maio 2012;
Temática: "As tradições como base da intervenção sustentável".

As atividades a desenvolver pelos voluntários em cada mobilidade enquadram-se em três dimensões:
- Saber dos Sabores: Troca de experiências a nível culinário;
- Dimensão prática da Arte: As artes ao serviço da vida quotidiana – troca de experiências entre artesãos;
- A Criatividade e a Arte: A Arte como dimensão Pura - trocas de experiências a nível de artistas locais.

Futuro incerto da Cinemateca



Numa altura em que se aguarda a discussão no Parlamento da nova Lei do Cinema no Parlamento - que o secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas garante ser possível até ao início de Junho - o subdirector da Cinemateca José Manuel Costa deixa um alerta e uma preocupação. Ambos dizem respeito ao papel que a Cinemateca - Museu do Cinema pode ter no futuro. Apesar da conjuntura de crise e dos cortes no investimento e num momento de mutação tecnológica (da película para o digital), existem soluções, garante. E estas passam pela nova Lei do Cinema

"Neste momento, a conservação do património português e a possibilidade de manter a exibição patrimonial de cinema em Portugal [actividades da Cinemateca] não estão garantidas", disse ao PÚBLICO no quadro de uma entrevista a publicar na edição do PÚBLICO deste domingo. "É um alerta que faço."

Para os problemas - como o fim abrupto das verbas para investimento da Cinemateca - a instituição propõe soluções que não passam por um financiamento proveniente do Orçamento do Estado mas pelo reforço das receitas das taxas de publicidade das televisões, que já existem, mas cuja nova base de incidência está a ser definida pela nova Lei do Cinema. Uma das questões em discussão para a nova lei é a possibilidade de esta alargar a incidência das taxas à televisão por cabo, ao cinema e a toda a cadeia de comercialização das imagens.

É com parte das receitas (que já provêm de uma taxa de 4% sobre a publicidade nas televisões) que a Cinemateca tem garantido o orçamento de funcionamento - entre três a quatro milhões de euros, por ano. A outra parte, 80% da taxa, destina-se à produção através do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

Propostas à tutela
O que propõe José Manuel Costa - e essas propostas foram apresentadas ao secretário de Estado da Cultura - é que a nova Lei do Cinema garanta esse financiamento e o reforce para suprir as lacunas já sentidas pelo corte no outro orçamento da Cinemateca - o de investimento - verificado com o fim do PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central). Esse corte também afectou outras instituições.

E esclarece: "Percebo muito bem que em momentos de aperto radical haja descontinuidades. O que me preocupa é a descontinuidade de longo prazo. É não vermos neste momento soluções estruturais para perceber como é que a Cinemateca vai ser financiada nos próximos anos." E na Cinemateca, inclui o Arquivo Nacional de Imagens em Movimento (ANIM), criado em 1996.

Para a sua criação, foi feito um investimento de 10 milhões de euros, diluídos ao longo de dez anos, desde o fim dos anos 1980. Esse investimento foi possível através do PIDDAC que canalizou em média todos os anos para a Cinemateca um milhão de euros, até 2010. A partir de então, foi diminuindo e hoje é inexistente.

"Neste momento, a continuação do nosso trabalho, quer ao nível da Cinemateca enquanto arquivo como de sala de cinema em que é dada a conhecer a História do cinema, não está garantida", insiste.

E conclui que se, por um lado, "é decisivo voltar a financiar a produção [cinematográfica], que está interrompida, e que os novos talentos da novíssima geração de realizadores justificam", também é necessário compreender que "ter um ANIM, significa mantê-lo e mantê-lo significa investir nele regularmente". (fonte:
http://ipsilon.publico.pt)

9ª edição do Festival Med

Estão já fechados os primeiros nomes para a 9ª edição do Festival Med. De 29 a 30 de Junho, o centro histórico de Loulé volta a encher-se de sons e sabores dos quatro cantos do mundo, representados pelas mais variadas manifestações artísticas, sendo a música o tema central deste festival.


A Cerca e a Matriz voltam a ser os palcos principais das actuações dos grandes nomes do circuito internacional de World Music. O palco Castelo, à semelhança das edições passadas, será dedicado ao que de melhor se faz em Portugal. A Curva da Cintura com Arnaldo Antunes, Toumani Diabaté e Edgard Scandurra, SMOD, Sany Pitbull, A Jigsaw, Miguel Araújo e Norberto Lobo são os primeiros nomes já avançados para esta edição.
Este ano o Festival Med será palco da estreia mundial do projecto que junta três grandes nomes do género. Arnaldo Antunes (Tribalistas), Edgard Scandurra (Ira) e Toumani Diabaté (um dos músicos africanos mais importantes da actualidade) reuniram-se para gravar «A Curva da Cintura».

Este disco traz até ao público as vozes quentes dos dois conhecidos artistas brasileiros e o talento do maliano nas cordas da requintada kora, instrumento que domina e que o levou a vencer por duas vezes o Grammy Awards de melhor álbum de Traditional World Music. A «Curva da Cintura» será apresentado em estreia mundial dia 29 de Junho, no palco Cerca.

Vindos também do Mali chegam os aclamados SMOD. O grupo composto por Ousco, Donsky, e Sam, filho do famoso duo Amadou & Mariam, que passou pelo Med em 2008, irá estrear-se em Portugal para apresentar o seu mais recente trabalho produzido por Manu Chao. O álbum «SMOD» transpira ritmos revolucionários de hip-hop e rap intercalados por sonoridades malinenses, em que se juntam influências do reconhecido produtor francês. O trio será responsável por encerrar o palco Matriz no primeiro dia do festival.

O internacional DJ brasileiro Sany Pitbull irá passar pelo Med no dia 30 de Junho para dar a conhecer as suas produções que já conquistaram as principais capitais europeias, como Londres, Paris, Estocolmo e Berlim. O seu trabalho é a prova mais contundente que o Funk carioca está na vanguarda da electrónica mundial. Com mais de 20 anos de experiência, Sany Pitbull é apontado como um dos expoentes do estilo, diferenciado dos restantes produtores por apostar na exploração instrumental e na riqueza de ritmos e influências.
«Cinco dias e meio» é o título do álbum de estreia a solo de Miguel Araújo, que será apresentado no palco Cerca, dia 30 de Junho. Gravado em cinco dias e meio, como o próprio título indica, o álbum foi para a rua a 21 de Maio e desde a data de edição conta com o sicgle «Os maridos das outras» entre os cinco temas mais vendidos nas plataformas digitais em Portugal.

No dia 29 de Junho, sobe ao palco Castelo o guitarrista português, Norberto Lobo. Aclamado pela crítica nacional e internacional o guitarrista caracteriza-se pelo carácter físico, humano e popular do seu som. Ao longo dos anos tem colaborado com artistas como os München, Chullage ou Lula Pena, para além de ser co-fundador dos projectos Norman, Colectivo Páscoa e Tigrala. Já partilhou palcos ou digressões com variadíssimos músicos internacionais, como é o caso Lhasa de Sela, Devendra Banhart, Larkin Grimm, Naná Vasconcelos ou Rhys Chatham. Com dois álbuns de estúdio Norberto Lobo brindará Loulé com uma actuação única e memorável.

A Jigsaw é o último nome do cartaz deste ano confirmado até à data. Esta banda blues-folk portuguesa, formada em Coimbra pelo trio João Rui, Jorri e Susana Ribeiro, sobe ao palco Castelo no dia 29 de Junho para apresentar o seu terceiro registo de originais e revisitar alguns dos temas dos primeiros álbuns. Este grupo conquistou a opinião pública com o seu primeiro trabalho «Letters From The Boatman», lançado em 2007, graças à originalidade das vozes e da combinação de instrumentos como guitarra, harmónica, banjo, piano, contrabaixo, castanholas, bombo tradicional ou violino.

Ao contrário das edições passadas, o festival conta este ano com dois dias de cartaz. Como explica Joaquim Guerreiro, vereador da Cultura da Câmara de Loulé, «o Festival Med é, desde a sua génese, um símbolo do dinamismo cultural da cidade e do Algarve. Este evento com expressão nacional tem vindo a ganhar eco internacional extremamente importante para a economia local e para a promoção da nossa oferta turística. A nona edição é mérito, sobretudo, do envolvimento e compromisso dos louletanos com este evento. Pautado pelo rigor artístico, mantém-se a excelência do cartaz, que inclui alguns dos melhores artistas nacionais e internacionais».


Os bilhetes estão à venda a partir de dia 1 de Junho no Cine–Teatro Louletano e na FNAC do Algarve Shopping. O bilhete diário custa 12 euros.
(fonte:
http://diariodigital.sapo.pt)

Guimarães 2012: Estar dentro de uma câmara fotográfica

 

De 25 de maio a 17 de junho, vai ser possível entrar numa câmara fotográfica. Parte do programa de Guimarães 2012, a ideia inclui uma instalação performativa, exposição fotográfica, uma vídeo-instalação e cursos de fotografia estenopeica.

A partir de sexta-feira, dia 25 de maio, e até 17 de junho, o público pode viver a experiência de estar dentro de uma câmara fotográfica, no centro cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães. A iniciativa "Câmara escura" convida o público a assistir a um espetáculo sobre a história da fotografia, desde o início até ao surgimento da fotografia a cores. Além do espetáculo, existe, paralelamente, uma exposição fotográfica, uma vídeo-instalação e cursos de fotografia estenopeica. A partir de sexta-feira, existem dois espetáculos por dia, às 13h30 e às 15h00,onde só podem entrar maiores de 8 anos. A entrada custa dois euros.
A instalação performativa consiste "numa grande tenda", que é a câmara estenopeica, onde o público é convidado a entrar e a "assistir a um espetáculo" sobre a "história da fotografia, dos tempos de Aristóteles até à fotografia a cores", como refere Ricardo Seiça, diretor da iniciativa.

Ainda na mesma tenda é feita uma homenagem "aos edifícios de Guimarães" e ao universo dos saberes locais e tradicionais, como os curtumes e a cutelaria. Para concretizar o objetivo, a organização do projeto apelou à "memória de pessoas que passaram a vida a fazer o ofício" e tentou explicar "os processos dos produtos" feitos, segundo Ricardo Seiça. No caso dos curtumes, foram escolhidas peles e na cutelaria é mostrada uma faca. No entanto, há também um olhar para o futuro já que outra das componentes da homenagem é a robótica, com o apoio da Universidade do Minho. Estes ofícios foram escolhidos, de acordo com o diretor da iniciativa, porque comportam uma "atitude de ser vimaranense", que acaba por ser uma "atitude de ser português".

Um dos objetivos do projeto é a pedagogia, já que o diretor considera importante explicar às pessoas "o princípio básico da fotografia". Enquanto criador, diz, é essencial experimentar "novas formas de usar o mecanismo da fotografia". Em seguimento da preocupação pedagógica, existem "cursos de fotografia estenopeica", com o nome "Guimarães no buraco da agulha", para quem se quiser inscrever. Os trabalhos produzidos pelos alunos vão fazer parte da exposição, também presente no CCVF, com entrada livre.

As iniciativas contam com algumas parcerias, nomeadamente com empresas e instituições vimaranenses e com a Universidade do Minho. Ricardo Seiça refere que as pessoas receberam o projeto "de braços abertos" e tiveram sempre "uma atitude muito pró-ativa". Conta também que não houve "qualquer resistência" pela parte das empresas, numa altura de crise em que "as empresas estão a aguentar-se como podem". O diretor afirma, ainda, que, sem as empresas, "não seria possível" o projeto concretizar-se.

A magia do princípio básico da fotografia
De acordo com o diretor, a ideia da iniciativa "Câmara Escura" surgiu há alguns anos, quando teve de "construir uma câmara estenopeica" para um curso de fotografia. A partir daí decidiram fazer a experiência "a uma escala maior", com a intervenção do público, conceito que "resultou".

Ricardo Seiça conta que, nas primeiras experiências, houve uma "boa adesão", já que o público considera "mágico" o princípio básico da fotografia. Algumas até "nem acreditavam" que o que viam "era possível". Em seguida, foi só preciso adaptar o projeto a trâmites, como a importância de "envolver a comunidade, as instituições, a cultura", exigidos pela organização da capital europeia da cultura 2012.
(fonte: http://jpn.icicom.up.pt)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Antwerp Gipsy-Ska Orkestra em Portugal


“I Lumia Mo Kher” , “The World is My House”,é o segundo disco de originais da banda e o primeiro a chegar a Portugal estando já à venda nas lojas Fnac, e venda digital através de plataformas como o iTunes ou a Amazon.

Os Antwerp Gipsy-Ska Orkestra são sem dúvida uma verdadeira família de world music, com presença assídua nos maiores festivais europeus.




Na nota de imprensa que recebemos destaca-se que a abordagem que encontramos na banda é aventureira, exclusiva e inovadora. O drum n’ bass, o samba e o dubstep misturam-se com os beats dos Balcãs, e a eles acrescentam-se pinceladas de ska rápido com incursões ao hip-hop. O resultado de tanta multiculturalidade é uma fusão perfeita de ambientes, à qual é impossível ficar indiferente, sobretudo numa performance ao vivo.

E é esta energia contagiante e esta miscelânea de encontros musicais que garantiu a presença de Antwerp Gipsy-Ska Orkestra em Portugal para dois concertos de apresentação de “I Lumia Mo Kher”.

"Nunca lidei com tanta burocracia"

O diretor artístico da companhia alemã Pan.Optikum, que apresenta na sexta-feira o espetáculo "TRANSITion" no festival Imaginarius, em Santa Maria da Feira, garante que, em 15 anos de atividade internacional, nunca lidou com país mais burocrático do que Portugal.
"Nunca lidei com tanta burocracia", diz diretor artístico alemão
"Uma coisa em que Portugal é totalmente diferente da Alemanha é a burocracia", declarou Matthias Rettner em entrevista à agência Lusa. "Há muito mais papelada aqui e nunca lidei com tanta burocracia em 15 anos de trabalho pelo mundo fora - nem em Santiago, nem na Austrália, nem na Venezuela".

O encenador alemão defende que "não é funcional complicar tanto" e admite que, inicialmente, chegou a pensar que os procedimentos de contratualização para os espetáculos em Portugal fossem particularmente minuciosos por exigências relacionadas com fundos comunitários. "Mas depois percebi que nem é por causa do dinheiro", explica. "É só porque é assim que as coisas estão feitas e ninguém se deu ao trabalho de as melhorar".

No caso específico da participação da Pan.Optikum no festival Imaginarius, Matthias Rettner refere um exemplo que considera paradigmático: "Todos os formulários para inscrição no festival - que é internacional, note-se bem - estão escritos em Português. Mandam-nos seis ficheiros anexos num só e-mail e está tudo escrito em Português".
"Como é que podemos preencher e assinar aquilo tudo num espaço de horas, se não conseguimos perceber o que lá está escrito e ainda temos que ser nós a arranjar quem traduza tudo de repente?".

Insistindo em realçar que não tem "absolutamente nada a apontar à direção cultural do evento, que conversa com os participantes em Inglês, discute com eles todos os detalhes e tem sempre o cuidado de alertá-los bem para as questões legais", o encenador alemão assegura: "O problema está todo nos serviços administrativos".

Para Matthias Rettner, a questão tem ainda assim a sua graça. "Quando andamos em viagem pelo mundo, levamos sempre histórias de um país para o outro", explica. "No caso de Portugal, uma das que vamos contar vai ser a da burocracia, que dá para uma boa conversa enquanto bebemos qualquer coisa".

A companhia alemã Pan.Optikum faz, na sexta-feira, a estreia nacional de "TRANSITion", uma parábola sobre fronteiras - civis, religiosas, individuais - que tem a particularidade de ser uma das raras produções de grande formato apresentada com linguagem falada no festival Imaginarius.
(fonte: http://www.jn.pt)

Museu do Trajo de São Brás de Alportel abre as portas à festa das artes

Museu do Trajo em São Brás de Alportel

Na próxima sexta-feira, dia 25, o Museu do Trajo de São Brás de Alportel abre as portas à “Festa das Artes - O que os professores fazem para além de ensinar...” e à “Cultura Portuguesa” duas exposições que revelam perspetivas e técnicas artísticas diferentes.

Esta 16ª edição da Festa das Artes, a inaugurar pelas 18h00, na Galeria Nova do Museu do Trajo de São Brás de Alportel apresenta várias formas de expressão artística que refletem preferências, tendências e perspetivas diferentes do quotidiano dos docentes.

Este projeto anual do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas com a colaboração do Museu do Trajo e Grupo de Amigos do Museu do Trajo de São Brás de Alportel surgiu com o objetivo de revelar um novo olhar sobre “O que os professores fazem para além de ensinar...”, dando mostras de outras potencialidades, além das habituais atividades pedagógicas.

Ao fim de 16 edições, a Festa das Artes regressa com desenhos, pinturas, esculturas, instalações, fotografia, gravuras, vídeos, de autoria de professores que valorizam a dimensão estética da vida.

Segue-se pelas 19h00 a inauguração da exposição “Cultura Portuguesa”, uma mostra fotográfica de autoria do Clube de Fotografia dos Amigos do Museu. Esta exposição, composta por dezenas de fotografias, reflete o olhar intercultural deste clube de fotografia sobre a Cultura Portuguesa, um encontro com a tradição, os costumes e as gentes do país e da região.

As exposições “Festa das Artes – O que os professores fazem além de ensinar” e “Cultura Portuguesa”, podem ser visitadas de 2ª a 6ª feira entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 17h00, e aos sábados, domingos e feriados entre as 14h00 e as 17h00.

Companhia Olga Roriz em Macau



“Nortada” marca a estreia da Companhia Olga Roriz em Macau. O espectáculo terá lugar hoje à noite no Centro Cultural e vai transportar os espectadores até um Portugal tradicional de memórias vivas.

Pedro Galinha
Olga Roriz não viajou com a sua companhia até Macau, mas fez questão de deixar uma mensagem ao público que hoje pode ver “Nortada” no Centro Cultural, a partir das 20h: “Estando longe, nunca estarei ausente. Nortada é talvez das peças que criei a mais representativa da alma portuguesa. Evadida de uma forte imagética colectiva, Nortada é rica de lembranças da infância e da adolescência, onde me encontro em cada gesto, em cada palavra de cada silêncio. Memórias de um passado projectadas no futuro. Memórias partilhadas com os meus bailarinos e, por eles, eximiamente recriadas”.

As palavras da coreógrafa portuguesa mais reconhecida internacionalmente foram lidas pela bailarina Catarina Câmara, a quem coube a responsabilidade de responder a uma pergunta inevitável: como se prepara um espectáculo sem Olga Roriz?

“A sensação é como se os filhos tivessem ido acampar pela primeira vez sem os pais. A Olga, em oito ou nove anos de companhia, esteve sempre presente em todos os espectáculos. E em todos os espectáculos esteve com a mesma vibração, a mesma exigência. Como se fosse o primeiro. Isto é inédito num criador”, lembra a executante que partilha o palco com outros quatro bailarinos – só Pedro Santiago Cal não participou na conversa.

Juntos, trazem a Macau um pedaço de Viana do Castelo – cidade minhota de onde é natural a mentora da companhia de dança contemporânea que integram.

Do município vianense partiu, precisamente, a encomenda do espectáculo que se prolonga por mais de uma hora e meia.

“A peça foi criada a partir de imagens, sons, elementos que todos nós captámos assistindo às festas de Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo. Com a direcção da Olga fomos criando situações de memórias que íamos absorvendo e que depois interpretamos”, explica Rafaela Salvador, ladeada de Bruno Alexandre que confirma o trabalho de campo “quase etnográfico” que “Nortada” exigiu, até a nível musical.

“Há sons que foram captados mesmo nas festas da Nossa Senhora da Agonia”, revela o bailarino, antes de anunciar que Amália Rodrigues também faz parte do alinhamento.

Na dança dos testemunhos, Catarina Câmara toma novamente a palavra para recordar que o método de trabalho de Olga Roriz dita uma espécie de “residência intelectual”. Em Viana do Castelo, foram duas semanas a vaguear pela cidade, de bloco na mão para tirar notas. Cada um organizou um dossiê e o resultado final foi partilhado com a coreógrafa que dá sempre liberdade aos bailarinos no momento de criação.

“Peça única”
Dos cinco intérpretes de “Nortada”, há um nome que salta logo à vista pela grafia: Sylvia Rijmer.

Apesar de ter nascido na Nigéria, a bailarina tem nacionalidade holandesa e japonesa. Em Portugal, começou por integrar o Ballet Gulbenkian, seguindo depois para a Companhia Olga Roriz.

Sobre “Nortada”, este olhar mais distante diz-nos que é “uma peça única” porque “representa Portugal de uma forma especial”, sem esquecer os símbolos da tradição lusa. Um desses casos é uma simples mesa que Rafaela Salvador nomeia de “ponto de encontro”: “É aí que a família se reúne e, depois, sai para as festas, cerimónias religiosas, locais de divertimento, namoro, bailes”.

Estes ritos tradicionais, tão próximos da realidade local, despertam a identidade asiática de Sylvia Rijmer e levam-na a dizer que “Nortada” vai “funcionar bem” em Macau.

“Reconheço que [a tradição] é valiosa porque venho do Japão e há alguns pontos comuns entre as duas culturas, no que diz respeito aos valores, à família. Para mim, foi interessante estar envolvida, ainda que não tenha estranhado”, confessa a bailarina que terá os pais na plateia do Centro Cultural.
Futuro incerto
Apesar de ser reconhecida dentro e fora de portas, a Companhia Olga Roriz – fundada em 1995 com o apoio financeiro dos extintos Ministério da Cultura e Instituto das Artes – “está na iminência de acabar”, diz Bruno Alexandre.

O grupo, que “nunca foi completamente dependente do estado”, lamenta a “falta de espaço e condições” para continuar a preparar espectáculos. “Por não haver dinheiro, não haverá nada para mostrar. Podemos apresentar peças de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 ou 2012, mas a partir daí tudo acaba”, vaticina o bailarino.

Sylvia Rijmer destaca que, actualmente, existem grandes diferenças na forma como as artes são vistas um pouco por todo o mundo. “É interessante porque, aqui [Ásia], há investimento na arte e nos artistas. Há uma aposta no desenvolvimento porque a arte representa uma cultura. Em Portugal… É difícil Portugal reconhecer a própria cultura. É importante ser local, mas com uma mente global”, argumenta.

Catarina Câmara aposta em denunciar a “falta de entrosamento das artes na educação”. “Há que educar as pessoas”, justifica, e essa aposta deve acontecer desde tenra idade, para prevenir o futuro: “Enquanto os nossos políticos não tiverem aulas de expressão corporal, as coisas não vão acontecer”.

A abertura de um novo concurso na área da internacionalização dos artistas portugueses (o Governo português anunciou que vai distribuir 600 mil euros por um máximo de 100 candidaturas das mais diversas áreas artísticas) também não encontra grande entusiasmo na companhia. Ainda assim, o desejo de sair de Portugal para mostrar o trabalho desenvolvido é comum a todos os performers.

Museu Nacional de Arqueologia vence Prémio Mundial de “Melhores Práticas Educativas”



O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) venceu esta semana o Prémio Mundial de “Melhores Práticas Educativas”, no âmbito das celebrações do dia internacional dos museus. O museu português foi premiado ex-aequo com outras quatro instituições de Itália, Alemanha, Brasil e Tanzânia.

Na primeira edição do prémio, entregue pelo Comité do Conselho Internacional dos Museus (ICOM) para a Educação e Acção Cultural, o MNA foi distinguido com o projecto “Clubes de Arqueologia”, que visa dinamizar principalmente junto do público escolar um conjunto de acções educativas para promover a valorização do património arqueológico e cultural.

O projecto “Clubes de Arqueologia”, que conta já com uma dezena de clubes em todo o país, é apoiado pelo Ministério da Educação.

Os objectivos do projecto passam por divulgar a arqueologia e o património cultural junto das comunidades escolares que aderiram ou venham a aderir ao projecto, promovendo também o gosto pela visita a sítios e museus de arqueologia.

Todas as informações (intercâmbio de experiências e matérias construídos em cada clube, criação de canais de comunicação e divulgação no YouTube, instituição de dias comemorativos, organização campanhas de estudo e valorização de sítios arqueológicos) podem ser consultadas
aqui.
(fonte:
http://www.publico.pt)

Região da Península de Setúbal vence 11 Medalhas de Ouro e 18 Medalhas de Prata

Região da Península de Setúbal vence 11 Medalhas de Ouro e 18 Medalhas de Prata <br>
Concurso Mundial de Bruxelas: Península de Setúbal é das regiões mais premiadasA Península de Setúbal foi das regiões portuguesas mais premiadas no Concurso Mundial de Bruxelas de 2012 que decorreu em Guimarães – Capital Europeia da Cultura este ano –, de 4 a 6 de Maio. A região somou 11 Medalhas de Ouro e 18 Medalhas de Prata, registando um total de 29 prémios.

O Concurso Mundial de Bruxelas foi criado em 1994 e é actualmente um dos concursos internacionais com maior notoriedade a nível mundial. Esta é a segunda passagem por Portugal, após a iniciativa em 2006 em Lisboa. Na 19ª edição foram a prova 8397 vinhos e espirituosos vindos de produtores de 52 países. O painel de prova internacional do Concurso Mundial de Bruxelas contou com 350 profissionais, entre escanções, consumidores, importadores, distribuidores, jornalistas e críticos. De Portugal, perto de 30 profissionais representaram na maior edição do concurso mundial em volume e em qualidade, de acordo com a organização oficial do evento.

Na edição deste ano, os vinhos da Península de Setúbal atraíram a atenção da fileira do vinho para a sua crescente qualidade. A Casa Ermelinda Freitas (11 medalhas), a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões (5 medalhas) e a Adega Cooperativa de Palmela (3 medalhas) são as produtoras que renderam o maior número de prémios à Península de Setúbal.

“Estes prémios são razão de orgulho para região da Península de Setúbal e são especialmente do mérito dos produtores, pelo conhecimento enológico e pelo trabalho constante em todas as fases de produção. Só assim se atinge este sucesso”, diz Henrique Soares, Presidente da CVR Península de Setúbal, após o anúncio oficial de prémios da organização do Concurso Mundial de Bruxelas. “A Península de Setúbal está na linha da frente das regiões de Portugal mais premiadas em concursos internacionais, o que desbloqueia oportunidades de negócio, favorece a exportação e aumenta a competitividade dos nossos vinhos”.

Guimarães 2012: Uma visita pelos edifícios reabilitados

Guimarães 2012: Uma visita pelos edifícios reabilitados

Em ano de Capital Europeia da Cultura, Guimarães não esqueceu a importância da regeneração urbana. O JPN foi conhecer os edifícios requalificados no "berço da nação" e que acolhem a programação cultural para este ano.

A cidade de Guimarães enquanto Capital Europeia da Cultura (CEC) 2012 propõe-se a realizar um vasto projeto de intervenção em edifícios com importância histórica e patrimonial para a região. Através da requalificação e criação de espaços de uso coletivo, a CEC 2012 aposta na criatividade e no conhecimento como marcos de uma cidade dedicada à cultura. O JPN apresenta, agora, os projetos dos edifícios reabilitados.

Plataforma das Artes e da Criatividade

O projeto visa a transformação do antigo Mercado de Guimarãesantigo Mercado de Guimarães num espaço dedicado à atividade artística, cultural e económico-social com abertura prevista para junho de 2012. O espaço, com um valor global de investimento de cerca de 16,6 milhões de euros, estará divido em três grandes áreas dedicadas a temáticas específicas.
O Centro de Arte
Centro de Arte acolherá, de modo permanente, a "Coleção José Guimarães", bem como uma área de exposições temporárias e espaços polivalentes destinados a atividades complementares de apresentações e pequenos espetáculos. Os Ateliers Emergentes de Apoio à CriatividadeAteliers Emergentes de Apoio à Criatividade são espaços dedicados a jovens criadores que pretendam desenvolver projetos temporários, em diversas áreas. Os Laboratórios CriativosLaboratórios Criativos consistem em gabinetes de apoio empresarial destinados ao acolhimento de atividades relacionadas com as indústrias criativas, apostando na inovação e em projetos empreendedores.

Laboratório de Paisagem

Num antigo edifício industrialedifício industrial tem lugar o laboratório que pretende ser um equipamento que se propõe descodificar a realidade paisagística envolvente. O espaçoespaço funciona como um "observatório", gerando um espaço de reflexão sobre a paisagem atual. O projeto tem abertura prevista para este mês, depois de um investimento estipulado em cerca de 1,3 milhões de euros.

Casa da Memória

Pretende ser o locallocal onde os habitantes refletem sobre as suas raízes, tradições e memórias, e onde os visitantes podem experimentar as tradições da comunidade vimaranense. Vai ser um pólo de atração turística que visa complementar a oferta existente e tirar partido da utilização das tecnologias de informação e comunicação mais inovadoras. A antiga fábrica de plásticos PátriaPátria foi o local escolhido para a criação desta "Casa da Memória". A obra tem valor global de investimento de cerca de 3,9 milhões de euros.

Instituto de Design

A antiga fábrica da Ramadafábrica da Ramada acolhe o Instituto do DesignInstituto de Design, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Guimarães (CMG) e a Universidade do Minho (UM). O projeto visa a criação de uma unidade de valorização e visibilização do design através do desenvolvimento e difusão de novas ideias, iniciativas e projetos. O investimento na infra-estrutura rondou os 3,7 milhões de euros.

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Este centrocentro resulta também da parceria da CMG e da UM, com vista à reabilitação e refuncionalização de um antigo edifício industrialedifício industrial. Propõe-se a fomentar o desenvolvimento da inovação e da tecnologia, a potenciar a oferta do ensino pós-graduado e a promover a formação multidisciplinar em função das necessidades e perspetivas da economia local. O projeto tem como valor global de investimento cerca de 3,3 milhões de euros.

Centro de Ciência Viva

É mais uma parceria entre a CMG e a UM que transformará a antiga fábrica ÂncoraÂncora num interface lúdico e educativo, de acesso a toda a comunidade. O centro, com abertura prevista para o primeiro semestre de 2012, tem um custo de 987 mil euros. O Centro de Ciência VivaCentro de Ciência Viva promete potenciar a compreensão dos processos de transformação e criação de novos produtos,bem como o conhecimento da evolução das técnicas de manufatura em ligação com a ciência e a tecnologia.

Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura (CAAA)

O projeto do CAAA pretende apoiar, divulgar e estimular a criação e aplicação de novos métodos de produção e interação entre as várias áreas artísticas. O edifício da antiga fábrica ConfilConfil é o palco do centro que se assume como um novo canal de acesso à arte e arquitetura contemporânea. No espaço será garantido o apoio técnico e físico aos artistas que farão uso dos vários espaços artísticos.

Fábrica ASA

O espaço da antiga fábrica de lencóis ASA foi reconvertido em condomínio empresarial, plataforma criativa, lugar de trocas, fusão e experiências. O projetoprojeto  onde está a funcionar um auditório, um estúdio de rádio, livraria e zonas expositivas já está aberto ao público. O objetivo é que os visitantes participem na reinvenção do passado.
(fonte: http://jpn.icicom.up.pt)

9.ª edição do Boom festival: Novas confirmações



Estão já confirmados os primeiros nomes para a 9.ª edição do Boom festival, um dos mais conceituados eventos multidisciplinares de cultura independente do mundo e o maior festival português sem patrocínios. De 28 de julho a 4 de agosto Idanha-a-Nova recebe mais de 800 artistas, oriundos de todo o mundo, das mais variadas correntes artísticas como pintura, escultura, land art, música, vídeo arte, artes plásticas e instalações interativas.

O Boom Festival é hoje um dos mais importantes eventos no circuito dos festivais mundiais. Prova disso é a confirmação dada pela reconhecida revista Classic Rock destacando-o como o festival do ano, escolhido entre os melhores do mundo. A reportagem realizada pelo jornal The Guardian, na edição de 2010, considera que muito mais do que um evento cultural o Boom é uma experiência obrigatória, dadas as suas características diferenciadoras.

Mais de 800 artistas dos quatro cantos do mundo irão passar por Idanha-a-Nova durante a 9.ª edição do Boom. Este festival que se caracteriza pelos seus traços únicos como evento multidisciplinar, transgeracional e intercultural, cruza as mais variadas culturas através do seu público e das diferentes expressões artísticas que recebe.

As diferentes zonas do recinto foram desenhadas com o intuito de conceder ao público diversas experiências pessoais e artísticas. Desde espaço para música, exposições, bem-estar a workshops ou palestras, o Boom Festival garante àqueles que por lá passam uma experiência única e memorável. O grande objetivo é, como sempre, ser mais do que um festival, um espaço de aprendizagem e troca de experiências.

Recinto

O Dance Temple é uma impressionante bioconstrução em bambu, que se destaca pelo seu design e pela utilização de artes digitais em consonância com materiais naturais. Este espaço receberá algumas das atuações de música avançada que passarão pelo festival. Já o espaço Ambient Source será dedicado às sonoridades downtempo, com concertos de Rão Kyao, até atuações da lenda Mixmaster Morris.

O espaço Alchemy Circle, característico pela sua cenografia e pelos sedutores jardins, será dedicado inteiramente à fusão entre bandas, artes performativas e atuações de estilos como Bass Music, World Music, Dubstep, Techno, entre outros.

O espaço aberto Sacred Fire continuará a ser um local de land art e música acústica. Poder-se-á ainda participar em diversos workshops de sustentabilidade, ou artes plásticas, e experimentar variados estilos gastronómicos. O espaço ideal para a contemplação e comunicação.

A encantadora Liminal Village é novamente o local encarregue de receber o programa cultural do Boom Festival. Destaque para alguns dos pensadores ativistas como Charles Eisenstein e Daniel Pinchbeck. Esta zona congrega uma galeria de arte e espaços para conferências, painéis de discussão e workshops de diversos autores e artistas convidados. O Boom Festival proporciona mais de 100 workshops gratuitos durante a sua realização.
A Healing Area é uma das zonas mais singulares do Boom Festival. Considerada a melhor área de wellness num festival de cultura independente por inúmeras pessoas, este local apresenta um programa de variadas atividades por vários terapeutas profissionais. De meditação a workshops, yoga, Reiki, chi kung, para além da singularidade de proporcionar atividades na única piscina watsu móvel que existe em Portugal.

Educação: O Boom é um festival de educação. Com inúmeros workshops, painéis de discussão, atividades interativas, este festival interage com o seu público para além do entretenimento. O programa de workshops está disponível no website e tem atualizações constantes.

Destaques
Gaudi: é considerado um dos mais importantes artistas de dub da atualidade e reconhecido pela rádio BBC como um dos melhores artistas World Music do Mundo. Como músico e produtor editou 12 álbuns e viu alguns dos seus trabalhos nas tabelas de êxitos, recebeu discos de ouro e vários prémios e nomeações.

GOCOO: é um grupo composto por sete mulheres e quatro homens que captam a atenção da audiência com percussão assente no som de Taiko, tambores japoneses. Em palco os 11 músicos oriundos de Tóquio criam com mais de 40 tambores um espetáculo musical único e hipnotizante.

The Gamelatron: Aaron Taylor Kuffner traz até ao Boom uma instalação que tem percorrido o mundo, da Art Basel ao MOMA de Nova Iorque. Kuffner construiu a primeira e única orquestra robótica completa de Gamelan (estilo musical indonésio), controlada por computador. A imponência da estrutura da orquestra construída pelo artista conceptual exige que seja conhecida ao vivo.

Mixmaster Morris: é uma lenda e um dos principais artistas da cena eletrónica. Morris Gould já conta com mais de 25 anos de carreira musical, tendo ao longo do percurso passado por vários géneros como indie, punk rock e jazz experimental. Irá criar uma atuação especial de 6 horas exclusivamente para o Boom Festival.

Gerard Minakawa: designer nova-iorquino especialista em construções e fundador do Bamboo DNA. As suas obras viajam pelo mundo em exposições e eventos, é artista residente do Coachella, passando por outros locais como Museu de História Natural de Los Angeles ou Burning Man. Já foi referenciado em meios de comunicação social como Washington Post, Wall Street Journal, Boston Globe, Christian Science Monitor, entre outros. Grande parte das estruturas do Boom serão obra de Gerard Minakawa, que passará cerca de um mês no nosso País, para as executar.

Andrew Jones: é o derradeiro artista digital. Andrew trabalhou para empresas como a Light and Magic e Nintendo, é responsável pela criação da comunidade artística online, ConceptArt e cofundador do estúdio Massive Black. As suas ilustrações já receberam variadas nomeações. O artista digital estará presente pela primeira vez em Portugal para apresentar os seus trabalhos.

Daniel Popper: artista plástico especializado em marionetas gigantes, instalações, pintura e escultura. O artista sul-africano já viu a sua obra presente em alguns dos mais importantes eventos do mundo, como o Mundial 2010.

Charles Eisenstein: é autor e orador e uma das principais figuras do movimento Occupy e da nova economia. Já com três livros editados e vários artigos publicados, Charles é uma das vozes que lideram uma nova abordagem à economia, através de um sistema onde valores humanos conseguem ser valorizados ao mesmo nível que lucro e evitamento de externalidades ambientais.
(fonte: http://www.ruadebaixo.com)